O Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos já recebeu as respostas do médico Artur Carvalho às queixas pendentes há vários anos naquele órgão. A mais antiga remontava a 2013. A informação é avançada esta quinta-feira pela TSF.

Artur Carvalho é o médico que fez as ecografias à mãe do menino que nasceu com malformações graves no hospital de Setúbal, em outubro, e que entretanto foi suspenso de forma preventiva.

O presidente do conselho disciplinar, Carlos Pereira Alves, não adianta o conteúdo das respostas às queixas que estavam pendentes na Ordem, mas confirma que o obstetra finalmente deu a sua versão dos factos sobre os casos mais antigos.

Segundo aquele responsável, pelas regras, o médico não estava atrasado na resposta, porque não existem prazos previstos para os clínicos responderem aos processos abertos pela Ordem dos Médicos.

"Nos estatutos não estão previstos prazos de resposta", admitiu o presidente do conselho disciplinar.

A TSF escreve que, sem a resposta dos clínicos ou das unidades de saúde, os processos não avançam.

Ordem dos Médicos informou recentemente que vai contratar advogados e consultores para revolver casos pendentes de alegado erro clínico.

Os conselhos disciplinares do Norte, Centro e Sul abriram, no ano passado, 1.071 processos, mais de metade dos quais (609) no Sul do país e 301 no Norte, segundo a Ordem dos Médicos.

A informação mostra que foram encerrados 957 casos, de onde resultaram 45 condenações, sendo que apenas 14 foram no Conselho Disciplinar do Sul.

A maior parte das condenações (21) foi decidida no Conselho Disciplinar do Norte.

Dos médicos condenados, nenhum foi expulso, mas 13 foram suspensos.