Uma centena de médicos vai participar hoje, em Albufeira, numa corrida de sensibilização para as doenças ortopédicas, que podem “afetar gravemente a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade”, advertiu a organização do evento.

Os médicos pretendem também advertir para a particularidade de as doenças ortopédicas serem “a principal causa de incapacidade no Mundo” e de “mais de metade dos doentes” não procurarem ajuda médica e viverem com dores crónicas, segundo a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), organizadora da corrida.

Com um percurso de cinco quilómetros e início marcado para as 07:00, na Herdade dos Salgados, em frente ao Centro de Congressos de Albufeira, a corrida tem como objetivo “apelar aos doentes para que se articulem e continuem a movimentar-se, pela sua saúde”, disse o presidente da SPOT, Jorge Mineiro, num comunicado.

“As doenças ortopédicas limitam a mobilidade, reduzem a produtividade e afetam gravemente a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade. No entanto, por desconhecimento ou medo, mais de metade dos doentes não procura ajuda médica para resolver o seu problema, vivendo diariamente com dor, sem qualquer articulação ou movimento”, observou Jorge Mineiro no comunicado.

A corrida não tem objetivos competitivos, integra-se na Campanha “Vida é Movimento”, com o mote “Articule-se”, e realiza-se por ocasião do 34.º Congresso Nacional de Traumatologia e Ortopedia, que se iniciou na quinta-feira e termina no sábado, numa unidade hoteleira de Albufeira.

“A campanha ‘Vida é Movimento’ é uma iniciativa da SPOT e da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), que visa aumentar o conhecimento sobre as doenças ortopédicas que afetam ossos e articulações e que são a maior fonte de dor e incapacidade em todo o mundo”, contextualizou a Sociedade.

Além deste objetivo, a SPOT quer também “desmistificar o tratamento cirúrgico das doenças ortopédicas e a colocação de próteses, e clarificar os mitos ainda existentes sobre a qualidade de vida das pessoas portadores destes dispositivos médicos”, referiu ainda a sociedade que representa dos médicos ortopedistas.