Peng Yinhyua faleceu na quinta-feira (20), após ser infetado enquanto trabalhava num hospital do distrito de Jiangxia, na metrópole de Wuhan, de 11 milhões de habitantes, informou esta sexta-feira (21) a agência Xinhua.

Especialista em doenças respiratórias, planeava casar-se durante o feriado do Ano Novo Lunar, mas adiou o evento para ajudar a tratar os pacientes infetados pelo vírus, relata aquela agência de notícias do Estado chinês.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Peng "não chegou a enviar os convites do casamento, que ainda estão na gaveta do seu escritório", acrescentou a agência.

Oito vítimas mortais entre a equipa médica

Pelo menos oito médicos morreram, devido ao vírus, que os especialistas consideram ser mais perigoso para idosos e para portadores de problemas de saúde crónicos. As autoridades chinesas não divulgam a idade média dos mortos há várias semanas.

O vírus já matou mais de 2.200 pessoas na China, onde há 75.000 casos de contaminação registados.

O paciente mais jovem conhecido é um bebé de Wuhan, que testou positivo 30 horas após o seu nascimento.

No início de fevereiro, Li Wengliang, o médico que alertou sobre o vírus, morreu aos 34 anos, o que alimentou o desconforto e a indignação em todo país sobre como as autoridades tinham inicialmente punido os primeiros esforços do oftalmologista para relatar o surto. Já Liu Zhiming, diretor do Hospital Wuchang, em Wuhan, morreu na manhã de terça-feira (18).

As autoridades chinesas relatam que há mais de 1.700 trabalhadores da área de saúde infetados com o vírus, principalmente na província de Hubei.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

O novo coronavírus, família de vírus que causa infeções respiratórias como pneumonia, provocou quase 2.299 mortos e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial, de acordo com o mais recente balanço.A maioria dos casos ocorreu na China, onde o COVID-19 foi identificado em dezembro, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

Além dos mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, quatro no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, há 45 casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

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