
De acordo com Joaquim Cerejeira, médico psiquiatra e diretor clínico da UPPC, “o delirium consiste num declínio muito rápido da função cerebral e está associado a um aumento da duração do internamento, da morbilidade e da mortalidade intra-hospitalar, e compromete as taxas de deterioração cognitiva e funcional".
"Assim, esta síndrome aumenta significativamente a necessidade de cuidados de saúde”, frisa o especialista.
E acrescenta: “infelizmente, a maioria dos casos de delirium (até 76 por cento) não são identificados pelos profissionais de saúde, atrasando o seu diagnóstico e respetivo tratamento. Por essa razão decidimos avançar com uma campanha de consciencialização digital para sensibilizar todas as pessoas para este tema e, ao mesmo, com a organização de sessões de formação dirigidas a profissionais de saúde”.
Delirium, a complicação mais frequentemente
O delirium é considerado a complicação mais frequentemente observada em doentes hospitalizados, afetando sobretudo pessoas de idade avançada e com demência.
Nos últimos anos, o interesse pelo delirium aumentou consideravelmente devido à constatação de que é possível prevenir esta perturbação e minimizar o seu impacto negativo.
Durante um episódio de delirium, algumas medidas facilitam a recuperação do doente como: garantir o uso de óculos e aparelhos auditivos; fazê-lo levantar e sair da cama; reassegurá-lo, orientá-lo e evitar conflitos; garantir o sono noturno; conversar gentilmente, estimular o uso de jogos e quebra-cabeças.
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