Em 2018, três em cada quatro mulheres assistidas nas urgências hospitalares tiveram como causa uma queda, revelam os dados do sistema EVITA, coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, divulgados a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala hoje.

“Cerca de metade (54,5%) dos acidentes verificados no sexo feminino (em todas as idades) ocorreram em casa, sendo as lesões causadas por queda as mais frequentemente registadas (73,1%)”, segundo o EVITA, que recolhe informações sobre acidentes domésticos e de lazer que levam os utentes às urgências.

O INSA divulga também dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) que indicam que, em 2015, quase metade das portuguesas inquiridas (48,9%), correspondendo a 1,7 milhões de mulheres, com idades entre os 25 e os 74 anos, referiram considerar o seu estado de saúde “bom” ou “muito bom”.

A grande maioria (94,8%) das mulheres entre os 50 e os 69 anos declarou ter realizado uma mamografia nos dois anos anteriores. Por outro lado, 86,3% das inquiridas com idade entre os 25 e os 64 anos disseram ter feito uma citologia nos três anos anteriores à entrevista.

Estes dados referem-se às mulheres residentes em Portugal em 2015 com idades entre os 25 e os 74 anos e são relativos às questões: “De uma maneira geral, como considera o seu estado de saúde?”, “Quando foi a última vez que fez uma mamografia?” e “Quando foi a última vez que fez uma citologia?”.

O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge publica ainda dados da Rede Médicos-Sentinela, segundo os quais, em 2017, apenas 40,4% das grávidas começaram a tomar o suplemento com ácido fólico antes de engravidar.

“A prevenção primária dos defeitos do tubo neural é possível pela suplementação de ácido fólico, referindo a literatura que a utilização diária de 400 microgramas desta vitamina, com início antes da gravidez e até ao fim do primeiro trimestre, previne cerca de 70%” destes defeitos, sublinha.

Coordenada pelo Instituto Ricardo Jorge, a Rede de Médicos-Sentinela é um sistema de observação e vigilância em saúde formado por médicos de medicina geral e familiar que de forma voluntária participam na notificação de eventos de saúde.