O índice de qualidade do ar, medido nas estações de rede de monitorização, traduz a qualidade do ar em Portugal, no qual são considerados poluentes como o dióxido de azoto, o ozono e as partículas inaláveis com diâmetro inferior a 10 micrómetros.

Em 2013, 77,4% dos dias apresentaram qualidade do ar “bom” e 15,3% qualidade ”médio”, adiantam as “Estatísticas do Ambiente” do Instituto Nacional de Estatística.

Em 2013, a percentagem de dias com qualidade de ar “muito bom” foi 4,9% enquanto em 2012 se situou nos 9%.

Fazendo um balanço do ano de 2013, o INE refere que se assistiu “em geral a uma melhoria dos indicadores ambientais”, num “contexto socioeconómico marcado pela contração da atividade económica”.

Além do índice de qualidade do ar, que contabilizou em 2013 mais de 80% dos dias com qualidade do ar entre “bom” e “muito bom”, a qualidade da água para consumo humano alcançou um valor de 98,2%”.

O INE adianta também que Portugal apresentou, em 2014, o maior número de bandeiras azuis dos últimos 12 anos, tendo sido hasteada em 298 praias, correspondendo a 53,5% do total de praias classificadas.

Segundo as estatísticas, o setor da energia é o principal emissor de gases de efeito de estufa (GEE), tendo contribuído em 2012 com 69,4% das emissões (71,4% em 2011).

O consumo de energia primária em Portugal, em 2013, foi de 21 704 ktep, mais 1% que em 2012.

O instituto observa que, apesar do aumento do consumo desta energia em 2013, as importações líquidas de energia primária diminuíram 5,7% devido ao aumento do consumo de energias renováveis (19,6% em 2013 que compara com 3,2% em 2012).

A dependência do petróleo continua a ser muito elevada (44,4% em 2013), apesar da tendência de decréscimo.

O gás natural surge como a segunda fonte energética mais consumida em 2013 com 17,4% (18,4% em 2012), seguido do carvão com 12,2% (13,6% em 2012).

“A contribuição das fontes renováveis endógenas correspondeu em média (2009-2013) a 22,4% e a 48,8% do consumo total de energia primária e da produção total de eletricidade, o que faz de Portugal uma referência ao nível do contexto europeu”, salienta o INE.

O consumo de gasóleo revela um decréscimo médio anual de 5,8% e a gasolina de 7,5%, enquanto o consumo de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) tem registado um crescimento médio anual de 5,3%.

Em 2013, por cada automóvel movido a GPL ou outro combustível, estavam em circulação cerca de 63,9 veículos movidos a gasóleo (68,3 em 2012) e 40,8 veículos movidos a gasolina (44,5 em 2012).

Traçando o contexto socioeconómico e a matriz demográfica de Portugal em 2013, o INE refere que “continuou a verificar-se uma contração da atividade económica mas a um ritmo mais moderado que nos dois anos anteriores”.

Assistiu-se “a variações negativas mas menos intensas do consumo privado, consumo público e investimento”.

“Uma das principais forças motrizes que atualmente está a provocar mudanças significativas no meio ambiente reside nas tendências demográficas, que na atual conjuntura acabam por diminuir as pressões sobre o ambiente”, acrescenta.