31 de maio de 2013 - 09h54
Mais de 80 por cento dos dentistas aconselham programas ou consultas de cessação tabágica aos seus doentes e 13% receitam medicamentos para substituir a nicotina, segundo um inquérito realizado nos últimos dias pela Ordem dos Médicos Dentistas.
No Dia Mundial Sem Tabaco, que hoje se assinala, a Ordem lembra que as taxas de abandono do vício do tabaco sobem entre 15 a 20% quando os profissionais de saúde incentivam e ajudam os doentes a deixar o vício do tabaco.
No inquérito realizado, a que responderam mais de 1.800 médicos dentistas, 91% afirmaram que conversam com os doentes sobre os malefícios do tabaco, mais de 80% aconselham programas ou consultas de cessação tabágica e 13% prescreveram terapias de reposição da nicotina.
As conclusões, divulgadas pela Ordem, indicam ainda que há cada vez menos médicos dentistas fumadores (42%).
“Os hábitos tabágicos diminuem a resposta do sistema imunitário perante as infeções orais. As consequências do hábito do tabaco vão desde a simples halitose, conhecida como mau hálito, até doenças mais graves como o cancro oral, que tem neste hábito o principal fator de risco”, salientam os médicos dentistas.
Cerca de seis milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de tabaco, quer de forma direta, enquanto fumadores ativos, quer de forma indireta, como fumadores passivos.
A Organização Mundial de Saúde, que prevê que, em 2030, o tabaco possa vir a ser a maior causa de morte em todo o mundo.
Lusa