"É, de facto, uma má notícia. Este é um número maior do que nunca", lamentou Claudia Coppa, principal autora do texto, divulgado por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
A mutilação genital feminina pode incluir a remoção total ou parcial do clitóris, bem como dos pequenos lábios, e também a costura da abertura vaginal, para estreitá-la. Fonte de hemorragias e infeções fatais, também pode ter consequências a longo prazo, como problemas de fertilidade, complicações no parto, bebés que nascem mortos e dor na relação sexual.
O continente africano abriga o maior número de sobreviventes de mutilação genital feminina, com mais de 144 milhões, à frente da Ásia (80 milhões) e do Médio Oriente (6 milhões), segundo estudo realizado em 31 países onde esta prática é comum.
O aumento global é provocado, em grande parte, pelo crescimento populacional em certos países, mas o relatório destaca o progresso na redução da sua prevalência em outros locais. Em Serra Leoa, Etiópia, Burkina Faso e Quénia, foram registadas fortes quedas.
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