Advera Bulimba, porta-voz da polícia, indicou à AFP que 225 curandeiros "não licenciados" e "alegados adivinhos" foram presos durante a operação lançada em várias regiões do Norte do país. Destes, 97 já foram julgados, acrescentou.
"Alguns dos detidos estavam na posse de itens, como peles de lagarto ou leão, dentes de javali-africano, ovos de avestruz, rabos de macaco ou de burro e patas de aves", disse o porta-voz.
Rituais criminosos
A ONU denunciou um aumento desde 2013 de ataques contra albinos na Tanzânia, potencialmente devido à aproximação das eleições previstas para outubro, com candidatos que desejam adquirir a vitória eleitoral através da magia.
Uma menina albina de quatro anos foi sequestrada no final de dezembro e ainda não foi encontrada. Um bebé de 18 meses foi raptado em meados de fevereiro e o seu corpo foi encontrado com os braços e as pernas amputados. E no início de março, homens armados atacaram uma criança de seis anos e cortaram uma das suas mãos.
Os corpos dos albinos, usados para rituais de bruxari, são vendidos por milhares de dólares a feiticeiros ou curandeiros.
Em meados de janeiro, a Tanzânia anunciou a proibição da bruxaria para tentar conter este fenómeno brutal e desumano.
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