Trata-se de mais um segurança de um hotel onde se realizam quarentenas obrigatórias para quem chega a Macau, o sexto profissional desde que, na sexta-feira, a doença foi diagnosticada num residente turco que regressou ao território num voo proveniente da Turquia, com escala em Singapura.

O funcionário, de 38 anos, que estava vacinado contra a covid-19, já tinha sido colocado em isolamento no sábado, no dia em que foram detetados os primeiros dois seguranças infetados, informou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, em comunicado.

Macau concluiu hoje testes em massa a toda a população, após ter detetado um caso num viajante, na sexta-feira, e mais dois casos conexos no dia seguinte, os primeiros dois seguranças diagnosticados.

Das quase 690 mil pessoas testadas desde sábado, o resultado foi negativo para mais de 673 mil, mas em cinco dias as autoridades detetaram a infeção com o novo coronavírus em seis seguranças de hotéis para quarentenas, além de em mais uma viajante, proveniente de Hong Kong.

A proliferação de casos entre os seguranças já tinha levado hoje as autoridades de saúde a anunciar a transferência de mais de 150 pessoas que cumpriam quarentena num dos hotéis, por prevenção, com o período de isolamento a ser estendido em alguns dos casos.

Segundo as informações mais recentes, mais de 2.700 pessoas estão em isolamento em hotéis de Macau.

As autoridades anunciaram ainda que foi definida mais uma zona de código amarelo, com os residentes a serem sujeitos a pelo menos mais um teste, não podendo sair das suas casas antes de ser conhecido o resultado.

Mais de 800 pessoas foram também colocadas em quarentena por terem percursos idênticos aos primeiros dois seguranças diagnosticados.

Esta foi a segunda vez que o território organizou testes em massa. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o “estado de emergência imediata” e testou toda a população.

Macau não registou qualquer morte associada à doença ou infetados entre os profissionais de saúde desde o início da pandemia.

No entanto, pouco mais de metade da população está vacinada, apesar de a administração gratuita da vacina estar disponível há mais de meio ano.

A resistência à vacina em Macau levou mesmo as autoridades sanitárias a determinarem que os trabalhadores de Macau, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.

A covid-19 provocou pelo menos 4.744.890 mortes em todo o mundo, entre 231,74 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.995 pessoas e foram contabilizados 1.067.175 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.