O presidente do núcleo regional do norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, disse hoje à Lusa ser "obrigação" da instituição homenagear os seus voluntários.

"Não fazemos mais do que a nossa obrigação em homenagear os voluntários e o voluntariado", garantiu Vítor Veloso, dois dias antes de se comemorar o dia internacional do voluntariado, no qual a LPCC vai homenagear 59 pessoas ao serviço da instituição.

O presidente da LPCC realçou a importância que estas pessoas têm no Instituto Português de Oncologia (IPO), referindo que são "pilares fundamentais" da instituição.

"O nosso voluntariado é excecional", acrescentou.

Neste momento, estão em atividade 400 voluntários hospitalares e 3.000 voluntários comunitários no país, trabalhando em várias vertentes, desde a hospitalar, apoio aos doentes e "apoio psico-emocional" a doentes e familiares.

"Curiosamente, aparecem cada vez pessoas mais jovens, o que é muito importante e mostra que temos sabido evoluir ao longo do tempo", garantiu o também médico de medicina geral e oncológica, acrescentando que, este ano, o número de inscrições esteve próximo das 400, mas que apenas poderão "aproveitar 70 ou 80 no máximo".

"O processo de seleção será mais rigoroso" devido à maior adesão das pessoas, garantiu Vítor Veloso.

"Temos conservado os valores antigos e as pessoas antigas", pelo que deram à instituição, realçando também Vítor Veloso que "o voluntariado tem evoluído no tempo, pois o doente é diferente, o hospital é diferente, é tudo diferente".

Na cerimónia de dia 05 de dezembro, que terá como principal orador Artur Santos Silva, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, será homenageado o "doutor José Cardoso da Silva, que foi uma figura incontornável da oncologia nacional e foi fundador e presidente da LPCC".

O responsável da LPCC garantiu que "este evento é muito mais amplo" e que pretende ser uma homenagem a todos os voluntários da instituição.

No mesmo dia será inaugurada uma unidade móvel de rastreio do cancro da mama "mais moderna", com o nome de José Cardoso da Silva, médico, oncologista e cirurgião português.

"Apesar dos tempos conturbados, a LPCC tem sabido manter uma postura e tem conseguido superar todas as vicissitudes" salientou Vítor Veloso, que disse que a instituição continua "a ter um equilíbrio económico-financeiro aceitável" e que "continua a apoiar cada vez mais economicamente o doente oncológico carenciado".

3 de dezembro de 2012

@Lusa