Em declarações à agência Lusa, o presidente da LPCC, Fernando Cavaleiro Ferreira, explicou que o aumento no valor angariado este ano (1.633.944Euro) é de 3%, manifestando a satisfação da Liga com a solidariedade de quem contribuiu neste peditório, que decorreu em novembro.

“É um acréscimo de 3%, o que nos alegra muito. Mais uma vez a população portuguesa voltou a ser generosa para com a causa, solidária para com a causa, e isso é sempre de enaltecer”, afirmou.

O responsável sublinhou ainda que o sucesso desta iniciativa “vai repercutir-se na vida das pessoas” apoiadas pela instituição.

No peditório de 2022, a LPCC tinha angariado 1.590.856 Euro, valor que se converteu em 11.988 consultas e no acompanhamento de 1.810 doentes, no âmbito do programa de consultas de psico-oncologia.

Segundo a LPCC, o montante angariado no ano passado nesta iniciativa permitiu ainda a realização de 8.931 consultas de diagnóstico precoce de cancro de pele e de lesões da cavidade oral, bem como o seguimento de 4.804 doentes em centros de dia e o acolhimento de mais de uma centena e meia em lares da instituição.

Este ano, a LPCC lançou uma campanha para angariar voluntários, que “nunca são suficientes”, disse o responsável.

Francisco Cavaleiro Ferreira destacou ainda a importância do trabalho dos voluntários para a LPCC, não só dos que participam no peditório anual, mas também dos mais de 3.300 que, por ano, cumprem 679.000 horas de voluntariado.

Entre estes estão os que fazem voluntariado comunitário: “São aquelas pessoas que estão mais no interior e, mesmo aqui, nas grandes capitais, mais próximas das pessoas. E aí precisamos, de facto, de pessoas”, sublinhou o responsável.

Há ainda o “voluntário de competências”, que são pessoas que dão o seu tempo com as competências que têm, de diversas profissões.

Francisco Cavaleiro Ferreira explicou ainda que a Liga está a alargar a sua presença nos hospitais: “Cada vez mais nós estamos em mais hospitais e estamos em vários hospitais do interior, que era coisa que não acontecia aqui há uns anos, e, portanto, o voluntariado hospitalar também precisa de mais pessoas”.

“Não vou dizer que é uma coisa que não tem fim, mas ainda estamos longe de suprir todas as necessidades dos doentes oncológicos, até porque, quando o Estado não o consegue fazer, nós entramos e, infelizmente, o Estado não consegue fazer como gostaríamos”, concluiu.