2 de setembro de 2014 - 11h31

Uma equipa de investigadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveu um método simples e barato que pode detetar a presença do vírus do ébola em meia hora, revelou hoje o diário Nikkei.

O novo método, desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, ajudará a detetar de forma mais rápida o vírus que pode ser mortl e que está a afetar gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.   

O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detetar, amplificando ou aumentando, apenas os genes específicos do vírus, pode fazer-se num tubo de ensaio aquecido até 60 ou 65 graus.   

Para a realização de todo o processo é apenas necessária uma pequena pilha, pelo que o teste é adequado para as regiões afetadas pelo ébola, disse o responsável do departamento de doenças infeciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.  

O procedimento mais utilizado atualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas e requere uma equipa dedicada e o fornecimento estável de eletricidade, pelo que é difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.  

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a epidemia do vírus ébola, que afeta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos  últimos anos, e que são necessários pelo menos 490 milhões de dólares para tentar conter os contágios, que estão a aumentar de forma exponencial.  

No atual surto epidémico, o vírus ébola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, segundo a mais recente contagem da OMS.  

Por Lusa