Uma equipa de cientistas descobriu que nas regiões calvas existe o mesmo número de células estaminais nos folículos de cabelos que existem nas regiões normais. Mas as células progenitoras que fazem crescer estes pêlos estão em muito menor número. O resultado é o crescimento de pêlos microscópicos que parecem não existir.

Em muitos homens, as entradas começam a aparecer antes de completarem 30 anos e avançam ao longo das décadas até restar pouco mais do que um tufo no cimo da cabeça e uma área de cabelo na parte de trás. Não se sabe o porquê da calvície, mas um estudo publicado agora na revista Journal of Clinical Investigation mostra que há muitas parecenças entre as regiões sem cabelo e as regiões com cabelo.

“Ficámos surpreendidos quando descobrimos que o número de células estaminais foi o mesmo nas partes carecas do escalpe comparando com as outras partes, mas encontrámos uma diferença numa célula específica, que é conhecida como a célula progenitora”, disse em comunicado George Cotsarelis, investigador na Escola de Medicina da Universidade de Pensilvânia nos Estados Unidos e um dos autores do estudo.

Através da análise de células de homens que estão a fazer transplante de cabelo, a equipa comparou folículos de escalpe careca e escalpe não careca e descobriu que os folículos nos escalpes carecas continuam a produzir cabelos, mas são microscópicos e parece que não existem. As células progenitoras desenvolvem-se a partir das estaminais.

Segundo Cotsarelis, a calvície pode surgir devido a um problema na activação destas células, que como resultado originam a zonas do escalpe careca. Ainda não se sabe a causa desta disfunção.

No entanto, o facto de haver um número normal de células estaminais nos escalpes carecas dá-nos esperança para a reactivação destas células estaminais”, aponta o investigador. Esta via de investigação, segundo a equipa, pode permitir o desenvolvimento de produtos para resolver a calvície.

11 de Janeiro de 2011

Fonte: Público