13 de dezembro de 2013 - 14h11

A investigadora Maria Manuel Mota foi distinguida com o Prémio Pessoa 2013, anunciou hoje o júri, em Sintra.

Maria Manuel Mota, de 42 anos, licenciou-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, desenvolveu estudos sobre a malária e trabalha atualmente no Instituto de Medicina Molecular (IMM)

Na ata do júri que reuniu hoje em Setais, em Sintra, é destacado “o seu empenho entusiástico no que se pode chamar de cidadania da ciência”, sendo fundadora e presidente da Associação Viver a Ciência, que “tem como objetivo encorajar a filantropia em Portugal”.

Natural da freguesia da Madalena, no concelho de Vila Nova de Gaia, fez o mestrado em imunologia e concluiu a sua tese de doutoramento na University College de Londres, em 1998, tendo feito o pós-doutoramento na New York University Medical Center, em 2001.

Foi investigadora principal no Instituto Gulbenkian de Ciência e é desde 2005 investigadora principal do IMM e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

“A sua área científica é a malária, uma das causas principais de mortalidade a nível mundial. O grupo que constituiu tem desenvolvido investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita se desenvolve no hospedeiro humano”, lê-se no comunicado do júri.

O júri salienta, no mesmo texto, que “a compreensão destes processos é indispensável para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção, nomeadamente através da vacinação”.

Este trabalho valeu ao grupo que lidera “um financiamento significativo da Fundação Bill & Melinda Gates”.

O júri realça a sua “produtividade científica de excecional qualidade”, da qual sobressaem dez artigos publicados este ano “em prestigiadas revistas da especialidade e outras, como nos Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos, e Nature Medicie”.

Em 2004, Maria Manuel Mota foi uma dos 25 jovens cientistas galardoados com European Young Investigator Award, de mais de um milhão de euros, que lhe permitiu continuar a sua investigação sobre o parasita da malária, durante cinco anos, no IMM.

Lusa