De acordo com os dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, atualizados ao dia de hoje, foram recebidas desde o início do ano 11.359 notificações de reações adversas, 6.613 consideradas graves e 4.746 não graves.

Os números do Infarmed indicam ainda que quem mais notifica são os titulares da autorização de introdução no mercado (indústria), seguidos do médico, farmacêutico, enfermeiro, outros profissionais de saúde e, finalmente, o utente.

O número de notificações por ano tem vindo a subir (em 2018 tinham sido recebidas 10.673) e, segundo o relatório do 3.º trimestre deste ano, entre julho e setembro foram recebidas 2.327 notificações, referentes a 2.130 casos (cada caso pode ter mais do que uma notificação, pois pode ser apresentado pelo profissional de saúde, pelo doente ou pela indústria).

Das 2.327 notificações, 862 foram feitas pelos profissionais de saúde e utentes e 1.465 pela indústria.

Depois de feita a triagem das notificações duplicadas ou triplicadas, os dados apontam para 2.130 casos de reações adversas, 1.137 graves e 993 não graves.

O relatório do 3.º trimestre, divulgado na semana em que decorre a “Med Safety Week”, uma campanha de alerta para a necessidade e importância de notificar os efeitos indesejáveis aos medicamentos, indica que a maioria dos casos (58%) se referem a utentes do sexo feminino e 34% do sexo masculino. Há um total de 8% de casos em que o sexo do utente não é identificado.

Dos 2.130 casos, 18% referem-se a agentes imunossupressores (para o sistema imunitário), 12% a agentes antineoplásicos (para o cancro), 7% a terapêutica endócrina, 5% a antibacterianos para uso sistémico e 4% a vacinas.

Nos últimos 12 anos, foram registadas pelo Infarmed quase 50.500 notificações de reações adversas a medicamentos, 34.254 graves (67%) e 16.243 não graves.