"Uma das prioridades da direção do ICBAS era formar todos os funcionários da instituição em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa", afirmou hoje, em declarações à agência Lusa, o diretor do ICBAS.
Segundo Henrique Cyrne Carvalho, esta escola surge da necessidade de "criar metodologias" para que todo o processo, desde manobras de socorro à utilização de equipamentos como o desfibrilhador, seja "feito de forma segura".
"As paragens cardiocirculatórias podem acontecer na rua ou noutro sítio, portanto, é preciso assegurar que, até que chegue o suporte avançado de vida, qualquer um de nós conhece suficientemente os processos de manobra e utilização do equipamento, e assim permitir que o doente é tratado de forma diferenciada", frisou.
O diretor do ICBAS, que frequentou, há cerca de 25 anos, o primeiro curso de formadores em Suporte Avançado e Vida em Portugal (organizado pelo UK Resuscitation Council), salientou também a importância de "criar redes de formadores" nestas duas áreas.
"A nossa intenção é formar primeiro o nosso pessoal docente e não docente e, como tudo cresce e a rede se vai alargando, o objetivo é depois exteriorizar a nossa formação às outras unidades orgânicas da Universidade do Porto", afirmou, adiantando existirem já outras instituições interessadas em receber o projeto.
À Lusa, Henrique Cyrne Carvalho adiantou que, futuramente, a intenção do ICBAS é "chegar" às escolas do ensino secundário, mais concretamente, aos alunos do 10º, 11º e 12º ano, mas também professores e restantes funcionários.
A assinatura do protocolo, que celebra o arranque deste projeto e junta o ICBAS e o Conselho Português de Ressuscitação, está agendada para quarta-feira, às 12:00, sendo que no mesmo dia, arranca o primeiro curso formativo.
De acordo com o diretor do ICBAS, o curso, que poderá durar entre um ou dois dias (mediante o tema), vai seguir o programa "sistemático" e "padronizado" de certificação nestas duas áreas.
"Parece-me que este projeto poderá ajudar a materializar uma divulgação efetiva destas competências em todas as unidades orgânicas da Universidade do Porto e constituir desta forma o conceito de 'Universidade do Porto, a Universidade que protege a vida'", concluiu.
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