O Hospital Termal das Caldas da Rainha vai retomar os tratamentos no dia 2 de janeiro, mas a comissão de utentes mantém agendada uma vigília e a colocação de um monumento exigindo soluções para o termalismo.

“Não há indícios de qualquer bactéria na água e vamos retomar todos os tratamentos respiratórios e muscoesqueléticos a partir do dia 2 [de janeiro]” disse à Lusa Conceição Camacho, chefe do serviço de Hidrologia do Hospital Termal das Caldas da Rainha.

Os tratamentos estavam suspensos desde julho deste ano devido à presença de legionela, uma bactéria que fez com que os parâmetros microbiológicos da água mineral natural não cumprissem os requisitos legalmente exigidos.

A decisão de reabrir a hidrobalneoterapia surge depois de a Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital” ter agendado, para o dia 5 de janeiro, uma jornada cívica exigindo “soluções de futuro” para o Hospital Termal.

Apesar de “satisfeita com a reabertura dos tratamentos” a comissão não desiste da realização do protesto uma vez “que se mantém a necessidade de pensar em soluções estruturantes para o hospital e todo o seu património”, explicou à Lusa António Curado.

Em causa estão as soluções defendidas num estudo de reorganização dos cuidados hospitalares da região Oeste, elaborado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e que prevê a “concessão do Hospital Termal a uma entidade empresarial do ramo do Turismo Termal, de modo a garantir a gestão adequada do edifício e dos equipamentos termais associados”.

A solução tem sido contestada por partidos políticos e movimentos cívicos, entre os quais a comissão de utentes que pretende realizar um vigília e colocar no largo fronteiro ao hospital uma escultura “ temporária que dê suporte à indignação perante os sucessivos encerramentos e à falta de soluções de futuro para o Hospital Termal”.

A estrutura, criada por um arquiteto, baseia-se no logótipo da comissão, assemelhando-se a um enorme H (de hospital) com a legenda “Queremos Soluções”.

A colocação do monumento está ainda dependente da autorização da câmara que deverá tomar uma decisão na próxima reunião, no dia 2 de janeiro.

Com ou sem autorização para colocar o monumento a comissão assegura que avançará com a vigília, marcada para as 21:00 e na qual está prevista a participação de grupos cantado as janeiras “ e pedindo um Bom Ano de 2013 para o Hospital Termal, o termalismo e o património termal”, concluiu António Curado.

31 de dezembro de 2012

@Lusa