
Por indicação do Ministério da Saúde, que a Lusa questionou na segunda-feira, o hospital explicou esta terça-feira por SMS enviado à Lusa que “a transmissão de informação sobre a situação clínica de Hugo Gonçalo Moreira Teixeira decorreu escrupulosamente conforme as normas ético-deontológicas, nomeadamente do segredo profissional, como tal sendo realizada entre a equipa clínica do Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar de São João e a família do Hugo Gonçalo”.
Na manhã de domingo, o oficial de dia da PSP do Porto disse à Lusa que um jovem de 14 anos tinha morrido depois de ter sido violentamente agredido na via pública em Baguim do Monte
Já na manhã de segunda-feira a Polícia Judiciária revelou que o adolescente se encontrava afinal em “estado muito grave” no Hospital de São João, do Porto
Na tarde de segunda-feira, a direção nacional da PSP lamentou o “lapso”, justificando que a informação por si transmitida domingo sobre a alegada morte do jovem tinha sido obtida junto de “fonte não oficial” do Hospital de São João.
O jovem de 14 anos acabou por morrer na noite de segunda-feira, segundo confirmou já hoje o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
Hospital recusou-se comentar caso
Em todo este período, o Hospital de S. João recusou-se sempre a prestar qualquer esclarecimento aos jornalistas sobre a situação, não confirmando sequer se o jovem estava vivo ou morto. Mesmo quando a morte do jovem já tinha sido anunciada nas redes sociais por familiares o hospital escusou-se a dar qualquer esclarecimento sobre o caso.
De acordo com as autoridades policiais, os incidentes terão ocorrido entre as 22h00 e as 23h00 de sábado, na Rua Padre Domingues Baião, protagonizados por um indivíduo que, de acordo com testemunhas, já andava a perseguir a vítima “há algum tempo”.
O rapaz foi transportado com vida para o Hospital de S. João, no Porto, onde acabou por morrer, na sequência das agressões com uma soqueira.
O agressor entregou-se domingo numa esquadra da PSP, tendo sido depois entregue à Polícia Judiciária que tomou conta do caso.
O suspeito, que passou a noite nas celas da Polícia Judiciária (PJ), encontra-se desde manhã no TIC para primeiro interrogatório judicial por suspeita de um crime de homicídio na forma tentada, acusação que agora poderá ser alterada dada a morte da vítima.
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