Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos, adiantou que o investimento na nova unidade, instalada no serviço de gastroenterologia do hospital de Santa Luzia foi “feito gradualmente”, estando atualmente em pleno funcionamento.

A inauguração da UEDA, “a primeira unidade em Portugal com uma organização de Gestão Lean”, e do novo equipamento de ressonância magnética, num investimento de mais de 1,4 milhões de euros, esteve marcada para terça-feira, mas acabou cancelada na sequência da demissão da ministra da Saúde.

De acordo com informação fornecida pela ULSAM, o novo serviço “possibilita a realização, num único espaço, de um conjunto de exames endoscópicos e técnicas minimamente invasivas que permitem identificar todo o espetro de doenças digestivas benignas e malignas e o tratamento de patologias complexas, para o distrito de Viana do Castelo e para doentes provenientes de outras zonas do país”.

A UEDA “dispõe de três salas de endoscopia (…) com arco de fluoroscopia de última geração, ecógrafos, ecoendoscópios lineares, enteróscopio espiral, máquina de anestesia, entre outros equipamentos”.

Além de procedimentos de endoscopia geral, a nova unidade permite realizar “todos os procedimentos de endoscopia de intervenção avançada existentes”.

“Todas as salas de endoscopia têm um sistema de gravação multimédia e ‘streaming’ de última geração, único em Portugal, com sala de produção para eventos ‘live’, o que irá permitir potenciar a investigação e educação médica”, acrescenta.

A sua estratégia está definida para atuar em cuidados hospitalares diferenciados, investigação clínica e translacional, ensino pré e pós-graduado (potenciada com a sua afiliação institucional à Escola de Medicina da Universidade do Minho) e para garantir a qualidade das políticas de saúde na área digestiva no Alto Minho”.

O equipamento de Ressonância Magnética (RM), instalado no hospital de Santa Luzia, permite fazer todos os exames prescritos no âmbito da ULSAM, “evitando o recurso ao exterior e, devido à tecnologia atualmente incorporada, aumentará a qualidade da imagem obtida, permitindo, deste modo, aos clínicos, uma avaliação mais rigorosa e mais acertada da imagem”.

O custo total do equipamento foi de 1.476.000,00 euros, valor com IVA incluído.

O financiamento, a fundo perdido, do Fundo Social Europeu foi de 55% (660.000,00 euros) e contou com apoio financeiro nacional de 45% (540.000,00 euros). O valor do IVA foi suportado pela ULSAM, no montante de 276.000,00 euros.

A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.