O fecho foi tornado público por uma médica internista desse hospital do distrito de Aveiro, que lamentou a decisão: “Abracei o projeto da Hospitalização Domiciliária do Hospital Francisco Zagalo há alguns meses e na passada sexta-feira encerrámos esta valência - provisoriamente, espero eu – por falta de doentes”.
Cláudia Martins acrescenta que isso se deveu ao facto de que “faltam referenciações de doentes para internamento em modalidade domiciliária na área de abrangência do hospital”, o que a surpreende e resultará da falta de informação sobre o serviço aí implementado em 2019.
“Não imaginei isso ser possível. Sempre pensei que um doente estável, que necessitasse de cuidados intermédios ou intensivos, preferisse ser tratado no conforto da sua casa por uma equipa médica e de enfermagem que se deslocasse até lá”, justifica a médica, notando que “a maioria dos doentes propostos não sabia haver esta possibilidade”.
Contactada pela Lusa, a direção do Hospital Francisco Zagalo confirma que o serviço foi “temporariamente suspenso e reabre em março”, mas não comenta as razões para a decisão nem revela o número de doentes que dele usufruíram desde 2019.
A especialista em Medicina Interna realça que a hospitalização domiciliária também pode ser prescrita para utentes de estruturas residenciais de idosos, mas admite: “Só muito poucas [dessas instituições] assinaram protocolo connosco”.
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