29 de março de 2013 - 06h50

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) considerou que a equipa de enfermagem no serviço de medicina do Hospital de Lagos está à beira da rutura e que o turno da noite de hoje não tem assegurados os serviços mínimos.

“A equipa de enfermagem do serviço de medicina do Hospital de Lagos está à beira da rutura”, alertou o SEP em comunicado, acrescentando que para o turno de hoje à noite se prevê que apenas estejam "dois enfermeiros de serviço" e que "nem os serviços mínimos estão assegurados".

Em declarações, por escrito, à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) – em que está integrado o Hospital de Lagos -, Pedro Nunes, assegurou que se tem empenhado na "resolução da situação".

"O Conselho de Administração do CHA já solicitou ao Ministério da Saúde a autorização necessária para a contratação dos enfermeiros. O Ministério da Saúde reconhece a importância do reforço desse número de profissionais e autorizou a contratação, aguardando-se agora que o processo seja finalizado", explicou Pedro Nunes.

Este responsável informou, também, que o CHA desencadeou um "processo público de constituição de bolsa de recrutamento de enfermeiros, tendo recebido várias candidaturas que serão enquadradas nesse concurso".

Para assegurar a "melhor prestação de cuidados aos cidadãos que acorrem ao Hospital de Lagos, tem-se recorrido, sempre que necessário, a horas extraordinárias" e ao "internamento no Hospital de Portimão", acrescentou.

Em declarações à Lusa, Nuno Manjua, enfermeiro e elemento da direção regional de Faro do SEP, disse que a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) fez um cálculo e concluiu que no serviço de medicina do Hospital de Lagos deveriam estar a trabalhar 50 enfermeiros para manter os cuidados de excelência, mas na realidade só estão afetos 31 enfermeiros, estando dez enfermeiros atualmente de baixa.

Lusa