"Trata-se de um CDI subcutâneo, diferente dos restantes, uma vez que não é aqui necessário acesso vascular e ao nível de complicações infecciosas o risco é menor", explicou à agência Lusa o diretor do Serviço de Cardiologia do HAL, Francisco Paisana.
O cardiologista sublinhou que é a primeira vez que vai ser feito (na quarta-feira) um implante destes no Hospital de Castelo Branco, cujo objetivo é prevenir a morte súbita em pacientes em que o prognóstico indica que poderão sofrer dessa patologia.
"Vamos contar com um eletrofisiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e com a ajuda de um anestesista, uma vez que se trata de um procedimento diferente do habitual, com uma tecnologia diferente", frisou.
Adiantou ainda que o doente foi identificado pelo serviço de Cardiologia do HAL, onde existe uma consulta que conta com um eletrofisiologista de Coimbra que faz o estudo destas "arritmias elétricas".
"Se houver mais doentes com indicação para esta tecnologia, passamos a dispor de ‘know-how' para o fazer. Até porque estes doentes são seguidos no nosso centro, nós já conhecemos a sua patologia e podemos atuar da melhor forma possível", frisou.
Francisco Paisana explicou que, até agora, em caso de necessidade de implantar um CDI, o paciente teria que se deslocar aos hospitais centrais de Lisboa, Porto ou de Coimbra, sendo posteriormente acompanhados pelo serviço de Cardiologia do Hospital de Castelo Branco.
"A partir de agora não há necessidade de o doente se deslocar para fora de Castelo Branco. Trata-se de uma importante política de proximidade do serviço de cardiologia que também utiliza as técnicas mais avançadas, mesmo estando no interior do país", sustentou.
O especialista do HAL deixou ainda uma mensagem aos jovens médicos de que existem condições em Castelo Branco para utilizar e aplicar as técnicas usadas em hospitais de referência.
Atualmente, o serviço de Cardiologia do HAL de Castelo Branco conta com quatro especialistas e Francisco Paisana espera que haja uma continuidade das boas práticas.
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