23 de setembro de 2014 - 14h22
A administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga anunciou hoje que a despesa com exames complementares de diagnóstico "reduziu significativamente, entre 2011 e 2014, cortando "nos desperdícios" e aproveitando os meios internos em vez de recorrer a privados.
A maior redução deu-se nas endoscopias e colonoscopias (Gastrenterologia) em que, em 2011, foram gastos pelo conjunto dos hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja cerca de 137 mil euros, dos quais 123 mil euros com recurso a privados, enquanto os números de 2014 apontam para uma despesa que não chega aos 34 mil euros.
Outra rubrica com redução mais significativa foi nas análises (Patologia Clínica), que em 2011 custaram mais de um milhão de euros e as contas de 2014 apontam para custos inferiores a 250 mil euros.
A maior percentagem de "cortes" ocorreu nos exames feitos internamente, embora o recurso a privados também tenha diminuído quase na mesma proporção.
Segundo a administração do Centro Hospitalar, "os cortes nos desperdícios e nas redundâncias permitiram reduzir muito a despesa do CHBV", através da "internalização" de serviços, que continuaram a ser prestados aos utentes.
"Esta medida aponta para uma otimização dos recursos internos e da capacidade instalada, uma melhor gestão e organização, limitando o recurso a "outsourcing" apenas para casos onde esta é ultrapassada", explica o conselho de administração.
Aquele órgão lembra que "no passado recente, os Hospitais de Águeda, Aveiro e Estarreja, recorriam constantemente a privados, algo que na atualidade já não acontece, prestando o mesmo serviço, só que a partir de meios internos".
A reorganização das unidades de saúde, sustenta, "permitiu uma diferenciação e diversificação que, privilegiando o funcionamento em rede com as outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, aumentou a eficiência do CHBV e, consequentemente, também uma ainda maior fiabilidade dos seus resultados".
A administração do Centro Hospitalar destaca ainda que houve "uma crescente dotação dos serviços com mais médicos e uma melhor organização dos departamentos, aumentando o rigor no diagnóstico e tratamento dos utentes, com uma maior discussão de casos clínicos".
Por Lusa