“O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está a implementar uma cadeia laboratorial de elevado grau de automatização, em conformidade com o conceito ‘corelab’, no Edifício São Jerónimo, localizado no campus do polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC)”, afirma uma nota do gabinete de comunicação do CHUC.

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O projeto surge no âmbito da reorganização dos laboratórios do Serviço de Patologia Clínica (SPC) do CHUC, que tem como principais objetivos reduzir o tempo de resposta aos pedidos de análises e o número de amostras colhidas por doente, otimizar recursos e simplificar processos e fluxos de trabalho.

Trata-se de “uma intervenção com um custo superior a 10 milhões de euros repartidos por um período de cinco anos”, que “vai permitir a automatização total de cerca de seis milhões e 200 mil análises realizadas anualmente no laboratório principal do polo HUC, o que representa mais de 90% do total de análises realizadas neste laboratório”, sublinha o presidente do Conselho de Administração do CHUC, Fernando Regateiro, citado na mesma nota.

Em 2017, o SPC do CHUC realizou mais de oito milhões e 200 mil análises, no total dos laboratórios de que dispõe – incluindo os dos hospitais Pediátrico e Geral (Covões) – que, com esta intervenção, serão também objeto de “uniformização tecnológica e de recursos, para além da uniformização da carteira de serviços laboratoriais”.

As principais áreas de automatização incluem “a bioquímica, hematologia, serologia infecciosa, imunologia e imunoquímica, num vasto painel de parâmetros analíticos”, refere o gabinete de comunicação do CHUC.

O CHUC prevê, com “a organização do trabalho em conceito ‘corelab’”, uma redução anual de custos superior a um milhão de euros, na aquisição de reagentes, para um número de análises crescente.

“Há também ganhos indiretos relevantes gerados por esta solução tecnológica, como o conceito do ‘tubo único’, a existência de apenas um frigorífico para amostras e outro para reagentes, a total rastreabilidade das amostras, a gestão documentada da informação e a libertação de profissionais para as áreas mais diferenciadas e com menor grau de automatização”, acrescenta o CHUC.

“Para além da significativa redução anual de custos – superior a um milhão de euros –, o CHUC estima uma redução anual de 80 mil tubos de sangue colhidos, promovendo decisivamente o bem-estar do doente, a melhor eficácia assistencial e o equilíbrio ambiental, reduzindo em 35% a produção dos resíduos hospitalares associados”, destaca Fernando Regateiro.

O presidente do CHUC salienta ainda que “as condições criadas para a implementação do ‘corelab’ do CHUC representam uma intervenção sem precedentes no contexto do SNS [Serviço Nacional de Saúde], focada na centralidade dos utentes e suportada em pensamento ‘lean’, orientado para a minimização dos desperdícios, a redução de custos, a melhoria da qualidade e o aumento da eficiência”.

A entrada em funcionamento do ‘corelab’ do CHUC está prevista para o último trimestre deste ano.