A investigação, publicada na revista médica americana JAMA Internal Medicine e realizada nos Estados Unidos em 2013 e 2014, comparou o estado de saúde, a taxa de tabagismo e o consumo de tabaco de 525 lésbicas, 624 gays, 515 bissexuais e 67.150 heterossexuais.
"O nosso estudo indica que a comunidade de lésbicas, gays e bissexuais tem importantes disparidades em matéria de saúde, principalmente mental, e de consumo de álcool e tabagismo", concluem os autores no estudo citados pela agência de notícias France Presse.
"Essas disparidades explicam-se provavelmente pelo stress resultante da marginalização e da discriminação que os homossexuais e os bissexuais sofrem devido às suas preferências sexuais", acrescentam.
Entre os heterossexuais entrevistados, 16,9% sofrem de ansiedade ou angústia psíquica moderada ou severa. Essa taxa sobe para 25,9% entre os gays e para 40,1% entre os bissexuais.
Problemas de alcoolismo mais presentes em bissexuais
A percentagem de homens bissexuais com problemas de alcoolismo (10,9%) também é mais alta que a de heterossexuais (5,7%) e que a de gays (5,1%), concluiu a equipa de cientistas dirigida por Gilbert Gonzales, da Universidade Vanderbilt de Nashville, no estado do Tennessee.
Em relação ao tabaco, os resultados apontam que os que mais fumam são os homens bissexuais (9,3%), seguidos dos gays (6,2%) e dos heterossexuais (6%).
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Entre as mulheres, 21,9% das heterossexuais apresentam sintomas moderados ou severos de problemas psicológicos, contra 28,4% das lésbicas e 46,4% das bissexuais.
As mulheres bissexuais também são as maiores consumidoras de álcool (11,7%), contra 8,9% das lésbicas e 4,8% das heterossexuais.
Mais de 25% das lésbicas e mulheres bissexuais eram fumadoras, contra apenas 14,7% das heterossexuais.
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