"É o primeiro transplante no mundo de um membro superior numa pessoa que tem uma malformação congénita. Estamos a falar de um homem adulto que viveu 32 anos sem este membro", declarou Adam Domanasiewicz, chefe da equipa de cirurgiões, em conferência de imprensa transmitida pela rede de televisão privada Polsat News.

A operação foi realizada a 15 de dezembro, a partir do punho do membro incompleto. Alguns dias depois da cirurgia, que durou 13 horas, a mão permanecia imóvel, mas o paciente já conseguia mexer os dedos.

Os médicos estão otimistas em relação ao resultado definitivo, escreve a agência de notícias France Presse.

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"Isto tem uma importância colossal para o desenvolvimento da transplantologia e da neurofisiologia, visto que até agora achava-se que não era possível realizar transplantes em casos de malformações congénitas porque o órgão carecia de representação no córtex cerebral", comentou Domanasiewicz.

No entanto, a operação "abre novas possibilidades para milhares de pessoas no mundo que nascem sem membros, sendo obrigadas a utilizar próteses", acrescentou o médico.

Segundo ele, foram realizados trasplantes similares somente em casos de siameses recém-nascidos, na Indonésia e no Canadá.