A decisão do tribunal administrativo de Lyon (centro-leste), que anulou uma autorização para colocar este produto no mercado, tem "efeito imediato", indicou à AFP a agência nacional de segurança sanitária de alimentação, meio ambiente e trabalho (Anses).
O gigante químico alemão Bayer, que em 2018 comprou o seu concorrente americano Monsanto, mostrou-se "surpreendida" com a decisão e lembrou que a "Agência europeia de segurança de alimentos (Efsa) em 2015 tinha chegado à conclusão de que a classificação do glifosato como 'provável cancerígeno' não estava justificada".
O grupo indicou em comunicado que "está a estudar as ações jurídicas" necessárias.
Esta decisão chega no meio de um debate na Europa sobre o perigo potencial do glifosato, princípio ativo do Roundup.
Em novembro de 2017, a UE renovou a homologação do glifosato por um período de cinco anos, mas o presidente francês, Emmanuel Macron, comprometeu-se a proibi-lo em França antes de 2021.
"É uma decisão muito importante porque afeta todos os Roundup, pois o tribunal considera que todos os produtos que contêm glifosato são provavelmente cancerígenos", comemorou a advogada do Comité de pesquisa sobre engenharia genética (CRIIGEN), Corinne Lepage.
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