As consultas e as cirurgias estão a aumentar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas o tempo que os cidadãos têm que esperar cresceu em 2015. No final do ano passado, havia quase 200 mil pessoas em lista de espera para serem submetidas a uma operação no SNS.

Em média, o tempo de espera nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) subiu 3,3% de 2014 para 2015 no casos das cirurgias.

No final de 2015 havia mais de 196 mil pessoas em lista de espera para serem operadas, um aumento de 6,7% face ao ano anterior, e 12,3% dos doentes foram submetidos a intervenções cirúrgicas fora dos prazos máximos legislados.

No caso das consultas, 26% não respeitaram os tempos de resposta.

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Os dados constam do Relatório Anual sobre o Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2015, divulgado na quarta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde, e são tema de destaque nos diários Jornal de Notícias e Público.

Apesar dos números, a tendência é de crescimento tanto da atividade cirúrgica como das consultas: em 2015 houve mais 1,7% e 1,8% em ambas, respetivamente, face ao ano anterior.

A legislação estipula que o tempo de resposta para uma consulta de especialidade não pode ultrapassar os 150 dias (prioridade normal), mas define prazos bem mais curtos para os casos prioritários (dois meses) e muito prioritários (um mês).

Nas cirurgias, os tempos máximos de resposta garantida oscilam entre os 15 dias (casos muito prioritários), 60 dias (prioritários) e 270 dias (normais).