
“É imperativo que o nosso mundo seja reimaginado, reconstruído, desenhado de novo com equilíbrio e vigor”, salientou Guterres numa videoconferência para apresentar a 51.ª edição do Fórum de Davos, que terá lugar em janeiro de 2021 e terá como lema “O Grande Recomeço”.
O ex-primeiro-ministro português afirmou que após forçar a paralisação de países e economias inteiras, o vírus expôs problemas globais “que não se limitam aos sistemas sanitários, mas também a alterações climáticas descontroladas, níveis insustentáveis de desigualdade e um ciberespaço anárquico”.
Neste contexto, o mundo necessita de “reequilibrar o investimento em ciência e tecnologia e avançar com a transição para zero emissões” de gases que causam o aquecimento global, assinalou Guterres.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, acrescentou, na mesma apresentação, que “a melhor homenagem que pode ser feita aos que perderam as vidas nesta pandemia é um mundo mais verde, inteligente e justo”.
Georgieva recordou que, segundo cálculos do FMI, pelo menos 170 países vão terminar o ano com as economias mais reduzidas do que estavam ao começar 2020″.
O fundador e presidente executivo do fórum, Klaus Schwab, salientou, por sua vez, a necessidade de debater as grandes mudanças globais em Davos.
“Permanecer passivo vai levar a um aumento de tendências atuais como a polarização, o nacionalismo, o racismo, em suma, o descontentamento crescente e o conflito social”, afirmou.
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