“Não é com requisição civil que se resolvem os problemas, pelo contrário, radicaliza-os”, afirmou Arménio Carlos, no final de um encontro hoje, em Lisboa, com o primeiro-ministro para abordar questões relacionadas com o Código do Trabalho.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, que também esteve presente no encontro com o primeiro-ministro, ressalvou que o tema da requisição civil não foi “alvo de abordagem conjunta” no encontro que hoje.

“Ninguém fica satisfeito com a utilização da requisição civil por incumprimento de serviços mínimos”, afirmou o governante, adiantando que foi uma decisão que o Governo tomou “no interesse coletivo”.

Na quinta-feira, o Governo decretou a requisição civil para tentar travar a paralisação dos enfermeiros nos blocos operatórios, alegando que os serviços mínimos não tinham sido cumpridos.

A requisição civil abrange quatro centros hospitalares onde alegadamente não foram cumpridos os serviços mínimos: Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.

Os hospitais de Gaia/Espinho, Garcia de Orta (Lisboa) e Braga ficaram de fora da requisição civil.

A greve em curso nos blocos cirúrgicos abrange 10 hospitais, sendo que em quatro deles está decretada uma requisição civil.