19 de março de 2013 - 11h48
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) registou uma adesão de 98% à greve dos enfermeiros, que começou hoje no Centro Hospitalar da Cova da Beira.
No centro que abrange os hospitais da Covilhã e do Fundão, nos quais trabalham cerca de uma centena de enfermeiros, "só houve uma colega que não aderiu", disse Conceição Rodrigues, dirigente distrital do SEP.
Os enfermeiros com contrato individual de trabalho alegam que estão a receber abaixo do valor da remuneração mínima no Serviço Nacional de Saúde e exigem cerca de 1.200 euros para as 35 horas semanais ou 1.373 euros para as 40 horas semanais.
"Os enfermeiros com contrato individual de trabalho, independentemente do vínculo, são funcionários públicos e prosseguem os mesmos conteúdos funcionais dos restantes profissionais da classe, têm as mesmas qualificações, as mesmas responsabilidades e os mesmos responsáveis hierárquicos, pelo que não podem ser discriminados", alega o sindicato.
A União dos Sindicatos de Castelo Branco (CGTP) mostra-se solidária com o protesto e diz esperar que as administrações dos hospitais "rapidamente encontrem uma solução que reponha a equidade e impeça a discriminação salarial", diz em comunicado.
Depois da Covilhã e do Fundão, o protesto prossegue na quarta-feira na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, da qual fazem parte o Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco e os centros de saúde de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.
Lusa