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61% das peças analisadas continham nolilfenol, grupo de químicos que causam perturbações hormonais
14 de janeiro de 2014 - 10h01
A associação ambientalista Greenpeace denunciou hoje ter encontrado produtos tóxicos nocivos à saúde em roupa infantil de várias marcas internacionais vendidas em 25 países, como a Adidas, a Burberry, a Disney, a Primark ou a Nike.
A organização analisou 82 peças para crianças, desde camisas a sapatos e fatos de banho, de um conjunto de marcas que também inclui a H&M, a Puma, a American Apparel, a GAP, a Uniglo ou a Li-Ning.
De acordo com o relatório hoje apresentado, as análises da Greenpeace mostraram que 61% das peças continham nolilfenol, um grupo de químicos que causam perturbações hormonais, como avançou à agência de notícias espanhola Efe a responsável da campanha de tóxicos da Greenpeace Ásia oriental, Ann Lee.
A ambientalista acrescentou ainda que mais de 94% das peças analisadas continham ftalatos, utilizado habitualmente na indústria têxtil como suavizante e conhecido como uma substância tóxica que afeta o processo reprodutivo dos mamíferos.
Apesar do perigo que representa o contacto com estes químicos, desconhece-se, para já, qual é a consequência direta para uma criança que vista a roupa afetada.
Os produtos analisados pela Greenpeace foram adquiridos entre maio e junho do ano passado em lojas oficiais das marcas situadas em países como a Espanha, a Itália, os Estados Unidos, a Colômbia, o México e a Argentina, e foram fabricados em 12 Estados.
A organização conseguiu, no entanto, verificar que um terço da produção proveio da China, país que a Greenpeace defende ser o primeiro a ver a sua exportação bloqueada.
SAPO Saúde com Lusa
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