"A nível da prevenção e a nível de cuidados de saúde primários há todo um caminho que tem de ser novamente iniciado e que tinha sido interrompido com a criação das equipas de saúde mental, neste momento, já perfeitamente definidas", explicou Pedro Ramos.

O conselho consultivo da saúde mental da região foi criado em novembro de 2016 e teve hoje a primeira reunião, contando com várias entidades regionais ligadas ao setor.

Em causa, o novo programa de saúde mental da região que o responsável considerou estar deficiente e até ausente e que "será uma realidade a curto, médio e longo prazo, com enfoque nos cuidados de saúde primários, num caminho que tem de ser novamente iniciado".

"Do ponto de vista organizacional há todo um caminho que tem que ser rapidamente iniciado com a definição do serviço de psiquiatria dentro do regulamento do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM)", explicou.

Afirmou que em breve poderá nascer um serviço de internamento de psiquiatria no hospital "embora reduzido, mas para as situações urgentes e que precisem de um outro tipo de acompanhamento", para além de rever "toda a atividade existencial de consulta externa e tratamento ao nível hospitalar".

A psiquiatria no Hospital Dr. Nélio Mendonça na região está sem diretor de serviço, depois da demissão do médico responsável, que alegou falta de profissionais para o bom desempenho, situação que o governante garante já estar tratada.

"Essa foi uma situação espoletada por um défice de especialistas na área da psiquiatria, défice esse que podemos chamar de virtual, uma vez que são precisos no mínimo oito psiquiatras a nível do sistema público", número que considera que existe, contando com os profissionais do privado.

"Nós não temos naturalmente oito contratações novas, agora, definimos foi situações que estavam de facto em situação de vulnerabilidade contratual e essas já foram definidas, como tal permitem que nós tenhamos mais psiquiatras para dar resposta a esta situação", explicou.