“Podemos anunciar que foi aprovado o programa funcional da nova unidade ambulatorial, a edificar no terreno devoluto do antigo estádio Mário Duarte, que permite avançar com o concurso para o projeto”, disse.

Segundo Lacerda Sales, a nova unidade de ambulatório vai permitir sanar “um grave problema de espaço” no Hospital de Aveiro, substituindo as áreas assistenciais que atualmente estão a funcionar em pré-fabricados.

Lacerda Sales deu a notícia à presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), Margarida França, e ao presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, durante a cerimónia de inauguração das novas instalações do Serviço de Medicina Intensiva do Hospital de Aveiro, que passou a dispor de 14 camas, num investimento superior a três milhões de euros.

Margarida França salientou que o valor real da obra “ultrapassa em muito” o valor do investimento: “permite aumentar a capacidade das originais seis camas para 14 camas, numa resposta em segurança aos doentes críticos, e contribui para a concretização da rede de referenciação de cuidados intensivos”.

“Contribui ainda, no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, para o desenvolvimento com segurança de outras áreas clínicas, como é o caso da hemodinâmica, em que ainda vamos avançar no último semestre deste ano”, revelou.

A responsável referiu investimentos realizados nos últimos três anos naquele Centro Hospitalar, desde a eficiência energética à intervenção em diversos serviços, passando pela nova unidade de ressonância magnética que, com a unidade de cuidados intensivos hoje inaugurada, marca o desenvolvimento tecnológico do CHBV.

O presidente da Câmara de Aveiro e da Comunidade Intermunicipal, Ribau Esteves, que desde 2016 vinha lutando pela ampliação do hospital, diz que a ‘luz verde’ do Governo não é em si uma vitória política e adverte que há agora muito trabalho pela frente até à efetiva construção.

“É um dia positivo com esta inauguração, um dia muito importante porque melhora a qualidade do nosso serviço aos nossos cidadãos, mas que também seja um dia que marca de forma irreversível uma dinâmica intensa para fazermos aquilo que é muito importante e que falta fazer no nosso hospital de Aveiro”, comentou.

O autarca lamentou, contudo, que o Governo não tenha aprovado a outra componente do projeto, a construção de instalações para o Centro Académico Clínico, mas revelou que, face a essa decisão, a própria Universidade de Aveiro vai avançar com essa componente.

“O Governo anunciou que a partir do ano letivo 2023/2024 vamos ter curso de Medicina em Aveiro, em Vila Real e Évora”, relembrou.