Em declarações à agência Lusa, a vice-presidente da farmacêutica, Isolina Mesquita, salientou que a certificação "é um passo absolutamente essencial para entrar num mercado interessante de cerca de 300 milhões de pessoas".

Neste momento, a Bluepharma tem sete medicamentos em processo de registo no Brasil, que serão comercializados através de um parceiro local, o que motivou a inspeção da Anvisa, que decorreu entre 30 de novembro e 04 de dezembro.

"A inspeção da Anvisa, conhecida por ser uma autoridade muito exigente, que se rege por normas europeias, efetuou uma 'radiografia' à empresa e concluiu que seguimos todos os procedimentos de boas práticas", sublinhou Isolina Mesquita.

Citado num comunicado da empresa, o presidente da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo, realçou o "caráter de exigência" que determina as inspeções daquela entidade, destacando que o Brasil é "um mercado emergente, com potencial de crescimento".

A farmacêutica de Coimbra registou uma faturação de 35 milhões de euros em 2015, com as exportações a representarem 86% do total faturado, disse no início de janeiro o presidente da empresa.

Quatro destes 35 milhões são resultado da componente de inovação da Bluepharma, que regista grande parte das receitas na produção de medicamentos genéricos.

Segundo Paulo Barradas, a empresa registou em 2015 um aumento de faturação de 2,5 milhões de euros face ao ano anterior.

A Bluepharma, constituída por 15 participadas, abrange os mercados de mais de 40 territórios de todo o mundo.