24 de março de 2014 -  11h11
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) tem conhecimento da existência de 716 medicamentos em rutura de stock nas farmácias portuguesas, 6% dos quais (43 fármacos) não têm alternativa terapêutica.
Aqueles fármacos têm de ser importados, o que nem sempre é fácil, dizem as farmácias, avança hoje o Jornal de Notícias.
Trata-se essencialmente de medicamentos antipsicóticos, antiepiléticos, heparinas (anticoagulantes e antiplaquetários), dopaminométicos (usados no tratamento da doença de Parkinson) e medicamentos para a disfunção erétil, segundo avança o mesmo jornal. 
Quando a rutura de stock afeta medicamentos sem alternativa terapêutica, a obtenção de novos passa pela importação momentânea de lotes a outros fornecedores, processo que necessita da autorização extraordinária do Infarmed e que nem sempre é conseguida.
Quando os doentes ficam sem o medicamento, conta o jornal, devem dirigir-se ao médico para que seja aviada uma alternativa terapêutica adequada. 
Em declarações à Rádio Renascença, o presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Paulo Duarte, diz que o problema está no baixo preço da maioria destes medicamentos, sendo que a indústria deixou de ter interesse em comercializá-los.
Por isso, a melhor solução, defende Paulo Duarte, é o Ministério da Saúde rever os preços, de modo a incentivar a sua venda. 
SAPO Saúde