Os voluntários, que não podem ter doenças crónicas, podem ser omnívoros (ingerir alimentos de origem vegetal ou animal), ovolactovegetarianos (vegetarianos que também ingerem ovos, leite e derivados) ou veganos (cuja dieta exclui o consumo de produtos de origem animal), referiu, em comunicado enviado à Lusa.
Estes só terão de se deslocar uma vez à Faculdade de Medicina e por apenas uma hora, explicou.
A faculdade ressalvou que serão colhidas amostras de sangue e urina, medida a pressão arterial e feita uma avaliação antropométrica aos participantes no estudo para obter dados como o peso corporal e a percentagem de massa gorda.
Os participantes deverão ainda preencher um questionário anónimo e confidencial sobre frequência alimentar e estilo de vida, acrescentou.
“Apesar da tendência para o aumento do vegetarianismo, não existe informação sobre as características e qualidade das dietas vegetarianas no nosso país, sejam elas ovolactovegetarianas, sejam dietas vegan, que são mais estritas”, explicam os investigadores do estudo “VeggieNutri”, coordenado por Elisa Keating, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
O objetivo, sustentaram, é avaliar e comparar parâmetros nutricionais e metabólicos e a qualidade da dieta de vegetarianos e não vegetarianos.
Desta forma, os investigadores pretendem identificar escolhas alimentares inadequadas que estão associadas a várias doenças, como diabetes e hipertensão, além de constituírem um peso para o Sistema Nacional de Saúde e para o ambiente.
“O presente estudo oferece uma oportunidade única para caracterizar e comparar diferentes grupos populacionais agrupados por comportamento alimentar e fornecer novas evidências científicas que ajudarão a alcançar padrões alimentares mais saudáveis e sustentáveis em Portugal”, esclareceu Elisa Keating.
Para participar neste estudo, os voluntários devem inscrever-se 'online' e o recrutamento vai decorrer no Centro de Investigação Médica da FMUP.
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