O presidente da delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Polybio Serra e Silva, defendeu hoje que os médicos deviam prescrever mais exercício físico aos utentes, para prevenir doenças do coração e promover estilos de vida saudáveis.
“O exercício físico devia ser prescrito como uma receita. Há já alguns médicos a prescrevê-lo mas deviam ser mais”, disse Polybio Serra e Silva, sublinhando que “mais de metade dos portugueses são obesos e um milhão são diabéticos”.
Especialmente dirigido a obesos e diabéticos, mas aberto a todos os interessados, um novo Programa de Iniciação à Atividade Física (PIAF), promovido pela delegação Centro da Fundação e hoje divulgado, arranca em janeiro em Coimbra, apostando nas caminhadas e treinos de força, em ginásio.
“A atividade física é pedra angular da saúde cardiovascular. Qualquer um tem milhares de boas razões para não se mexer, mas se dermos espaço às nossas boas desculpas para não nos mexermos, qualquer dia temos uma doença cardiovascular”, afirmou aos jornalistas Raul Martins, um dos coordenadores do PIAF.
Raul Martins citou as “recomendações internacionais” que apontam para a necessidade de cada pessoa fazer “150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou rigorosa, por semana”.
As doenças cardiovasculares matam “mais do que qualquer guerra. Estas doenças andam escondidas, não se lhes dá importância mediática”, afirmou, por sua vez, o tenente-coronel Pereira Lopes, comandante da unidade de apoio do Comando da Brigada de Intervenção do Aquartelamento de Sant’Ana, instalado em Coimbra.
Uma das “novidades” da próxima edição do PIAF é a introdução do treino de força, numa sala do Comando da Brigada de Intervenção do Aquartelamento de Sant’Ana, que a Fundação está a transformar num ginásio.
Desde que foi criado, há dois anos, participaram cerca de 250 pessoas no programa, sendo sobretudo as mulheres, com idades entre os 50 e os 75 anos, as que mais aderiram.
Os participantes são desafiados a, durante dois meses, realizar 90 minutos de atividade física todas as segundas, quartas e quintas-feiras.
A participação carece de um exame prévio da condição física do utente e implica ser ou fazer-se sócio da Liga de Amigos da Fundação Portuguesa de Cardiologia, cuja quota anual são 25 euros.
As inscrições terão de ser efetuadas telefonicamente para a delegação da Fundação ou através do endereço eletrónico programapiaf@gmail.com.
13 de dezembro de 2011
@Lusa
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