"Eutanásia, genocídio legal", lia-se em letras pintadas a preto e vermelho numa faixa segurada por dois dos vários jovens, alguns dos quais ainda vestidos com a farda do colégio, que se juntaram à manifestação promovida pela Federação pela Vida.

No dia em que a eutanásia volta ao parlamento, com a votação de projetos de lei do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e da Iniciativa Liberal, a Federação pela Vida quis reforçar novamente a sua posição sobre um tema que a presidente, Isilda Pegado, diz não compreender como continua a ser discutido, depois do insucesso de sucessivas iniciativas legislativas anteriores.

No protesto, que se prolongou durante quase meia hora, reinou sobretudo um "silêncio de morte", como destacava um dos cartazes, interrompido apenas por mensagens curtas que o vice-presidente da Federação entoava ao microfone.

"Não existe uma lei boa para um ato mau", sublinhou António Pinheiro Torres a certa altura, questionando "por que motivo o poder não pode, não quer ou não consegue socorrer quem precisa".