Depois dos apelos das autoridades de saúde em Portugal, multiplicam-se as mensagens trocadas online com as hashtags #euficoemcasa e #staythefuckhome. Sobretudo no Twitter.
Os movimentos surgiram há algum tempo fora de Portugal, mas ganharam força em território nacional depois de na quarta-feira, dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, milhares de pessoas rumarem a praias do centro e sul do país para aproveitar a subida das temperaturas.
Entre alguns dos Tweets mais partilhados, estão gráficos epidemiológicos que mostram as curvas da evolução do vírus em diferentes tipos de cenários: com e sem medidas de isolamento social restritivas.
O gráfico não mente: com políticas de isolamento social, a curva da mortalidade é menor, o que significa que há menos infeções e menos mortes.
Também no Instagram, redobram-se esforços para divulgar mensagens que vão ao encontro das medidas de isolamento social sugeridas.
O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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