Nos últimos cinco anos, o consumo de ansiolíticos e antidepressivos aumentou 25%. Mas a avaliação do Plano Nacional de Saúde revela, porém, que os portugueses estão a viver mais tempo.
A avaliação dos últimos indicadores do Plano Nacional de Saúde 2004-2010 revela que há cada vez menos portugueses a morrer com enfartes e AVCs. «A esperança de vida aumentou em todas as idades. Outro aspecto muito importante foi a queda da mortalidade por doenças cardiovasculares, nomeadamente enfarte agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral [AVC]», indicou Maria do Céu Machado.
Em relação ao cancro, os números de 2009 são negativos e afastam-se da meta prevista para 2010. No entanto, a Alta Comissária da Saúde sublinhou, em declarações à TSF, que apesar de algumas evoluções negativas, os portugueses vivem cada vez mais tempo. Os portugueses avaliam de forma cada vez mais positiva o próprio estado de saúde. Há mais médicos especialistas, mas em 2009 diminuíram os médicos de família.
Outro problema: o consumo de ansiolíticos e antidepressivos não diminuiu como se pretendia. Em vez disso cresceu 25 por cento em cinco anos. Também as cesarianas não param de aumentar. A meta prevista no Plano Nacional de Saúde não será atingida. Também há cada vez mais prematuros e bebés com pouco peso.
«O que sob o ponto de vista de Saúde pública é problemático porque estas crianças, que nascem com menos peso, são as que mais tarde vão ter problemas de hipertensão arterial, obessidade, etc.», alertou Maria do Céu Machado. A taxa de cesarianas está 45 por cento acima da meta prevista, sendo que um terço dos bebés não nasce de parte normal.
11 de Janeiro de 2011
Fonte: TSF
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