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Prescrições de pílulas de terceira e quarta geração diminuiram em França no início do ano
16 de abril de 2013 - 11h45
Especialistas em anticoncepção europeus e americanos criticaram, num artigo publicado esta terça-feira, o alerta lançado no início do ano em França sobre as pílulas de terceira e quarta geração, ao considerar que aumentariam o risco de trombose (formação de coágulos sanguíneos).
As autoridades sanitárias francesas "sentiram-se obrigadas a reagir" sob pressão, criticaram os especialistas. "Esta crise prejudicou todos, especialmente as mulheres", cita a agência France Presse que teve acesso ao estudo.
"O risco de morte por um acidente tromboembólico venoso é pequeno", concluem os 26 especialistas em ginecologia, obstetrícia e medicina reprodutiva que assinam o artigo divulgado pelo Journal of Family Planning and Reproductive Health Care, uma das publicações do British Medical Journal.
"O risco elevado de morte de uma mulher que toma uma pílula moderna é de um para 100.000, o que é menor do que o risco associado a atividades frequentes como o ciclismo", explicam.
Estes especialistas questionam a validade dos estudos que apontam um risco maior de trombose venosa nas mulheres que fazem uso de pílulas de terceira e quarta geração, apresentados por especialistas médicos em França para lançar um aviso de perigo sobre os anticoncepcionais orais combinados.
"Atualmente faltam dados ou os que existem são controversos", explicaram os especialistas, para os quais "são necessários estudos prospetivos, bem controlados e adicionais".
As prescrições de pílulas de terceira e quarta geração diminuiram em França no início do ano devido ao aumento de casos de trombose em comparação com as de primeira e segunda geração.
A crise em torno da pílula ganhou mediatismo depois de uma mulher que sofreu um acidente vascular cerebral ter processado o laboratório que produzia o medicamento e o Estado francês.
SAPO Saúde com AFP
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