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Estado português contratou 1.700 internos no último ano
22 maio de 2013 - 14h36
O ministro da Saúde assumiu hoje que é "desafiante" encontrar uma solução, todos os anos, para a colocação de médicos recém-licenciados no internato, mas garantiu trabalhar para que não haja obstáculos.
"Todos os anos é uma solução desafiante, no sentido em que não é imediata, mas a nossa aposta é no sentido de continuar a formar os médicos e também, sobretudo, no sentido de não haver qualquer restrição adicional no acesso dos nossos jovens à profissão médica", frisou Paulo Macedo, após a inauguração do Hospital de Vila Franca de Xira.
O governante reagia assim à denúncia feita pelo presidente da Associação dos Jovens Médicos (AJOMED), António Marques Pinto, de que há cerca de 200 recém-licenciados que este ano não vão conseguir colocação nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde para a realização do internato, fase final e essencial da formação de um médico.
"O que temos é que, conjuntamente com a Ordem dos Médicos, de quem depende o número de idoneidade e de onde é que essas idoneidades formativas são conseguidas, arranjar uma solução", afirmou o ministro.
Médicos em falta para determinadas especialidas
Paulo Macedo salientou que a formação e a contratação de internos têm sido asseguradas e apresenta números: "O Estado português contratou 1.700 internos neste período e, portanto, continuará a dar formação".
O ministro da Saúde mostrou-se ainda "satisfeito" por haver interesse de governos estrangeiros, nomeadamente o brasileiro, em contratar médicos portugueses, o que "abona a favor da qualidade" dos profissionais de saúde nacionais.
"No entanto, ainda estamos claramente numa fase em que temos necessidades de médicos, na área da medicina geral e familiar e em diversas especialidades. Temos um conjunto de médicos que se vai reformar e, portanto, temos ainda no nosso país um conjunto de necessidades muito concretas que queremos suprir", sublinhou.
Paulo Macedo marcou presença na inauguração do novo Hospital de Vila Franca de Xira, uma Parceria Público Privada que custou 108 milhões de euros e que vai servir 245 mil utentes de cinco concelhos: Vila Franca de Xira, Benavente, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Alenquer.
O hospital está a funcionar em pleno desde 03 de abril, mas só hoje ocorreu a inauguração oficial.
Lusa
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