O estudo, produzido pela Universidade de Lancaster, noroeste da Inglaterra, aplicava vários critérios como padrões de deslocações da população ritmo de contágio e considerava que seis outros países europeus tinham mais risco: França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Suiça.

Segundo o estudo, o risco de que houvesse um caso de contágio em Espanha era de 14%.

Hoje as autoridades sanitárias espanholas confirmaram que o primeiro caso de contágio na Europa ocorreu em Madrid, numa auxiliar de enfermaria que atendeu a segunda vítima mortal da doença, o missionário Manuel Garcia Viejo.

O missionário morreu no Hospital Carlos III de Madrid no passado dia 25 de setembro e hoje uma das enfermeiras que trabalhou no seu caso deslocou-se ao Hospital de Alarcon com febre e outros sintomas.

As duas análises realizadas hoje confirmaram o contágio com Ébola tendo sido já ativado o protocolo de segurança previsto para situações deste tipo.

No hospital Carlos III entraram dois casos de Ébola, dos missionários Miguel Pajares e Manuel García Viejo, repatriados de África onde contraíram a doença e que acabaram por morrer em Madrid.

O caso está a ser acompanhado no Ministério da Saúde em Madrid antecipando-se que a ministra da Saúde, Ana Mato, fale aos jornalistas cerca das 20.00 locais (19:00 em Lisboa).

Especialistas recordam que o vírus de Ébola - que já causou mais de 3.400 mortos desde que reapareceu em março - tem um período de incubação de entre dois e 21 dias.

Na primeira fase da doença os sintomas incluem dor de cabeça, febre, dor de garganta, dor muscular e debilidade intensa

A segunda fase inclui sintomas como vómitos, disfunção hepática e renal, hemorragias internas e externas, diarreia.

A mortalidade do atual vírus é de cerca de 54%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)

O contágio entre humanos ocorre por contacto direto com órgãos, secreções ou sangue, com o vírus a entrar através de mucosas ou pequenas feridas na pele.

Antes deste caso Espanha tinha registado vários casos suspeitos de Ébola, que as análises comprovaram ser negativos. O mesmo ocorreu com os três casos suspeitos em Portugal.