
Carlos Baptista falava à agência Lusa a propósito das alterações na tabela da ADSE aplicável ao regime convencionado, que entra em vigor a 01 de junho.
Estas mudanças, que o diretor-geral da ADSE considera fundamentais para assegurar a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos, vão traduzir-se numa redução de custos de quatro milhões de euros para o subsistema e de um milhão de euros para os beneficiários, por ano.
São menos cinco milhões que os convencionados (operadores privados e do sistema social) não vão faturar e daí Carlos Baptista entender a reação dos privados, pois “é legítimo defenderem os seus interesses económicos”.
Na prática, são quatro as alterações na tabela: a redução ligeira do preço dos exames de TAC, a redução de cerca de 13,5 por cento das ressonâncias magnéticas e a introdução de um conjunto de preços fechados em procedimentos cirúrgicos realizados em ambulatório.
Neste último caso, os hospitais deixam de poder faturar várias rúbricas separadamente, tendo sido acordado um preço fixo para 60 procedimentos cirúrgicos.
A mudança mais polémica é a introdução de um copagamento nas próteses intraoperatórias, pois até aqui a ADSE suportava o encargo a 100 por cento.
“Isto representava que alguns desses operadores utilizavam sempre próteses de valor mais elevado”, mesmo “sem critério clínico” que justificasse essa prótese. “Como o beneficiário não pagava não questionava”.
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