A notícia é avançada pela edição impressa desta sexta-feira do jornal Público.

Os beneficiários da ADSE vão passar a pagar 20% do preço das próteses colocadas em cirurgias em hospitais privados, a partir de 1 de junho, quando até agora não tinham esse encargo.

De acordo com o diretor-geral da ADSE, a maioria dos funcionários públicos sai beneficiado com a medida. "Vão gastar menos dinheiro em 95% dos casos", garante Carlos Baptista que assevera que com a nova tabela o subsistema vai poupar cerca de 4 milhões de euros por ano, enquanto os beneficiários gastarão menos um milhão de euros. Segundo Carlos Baptista, os hospitais privados passam a "ganhar menos 5 milhões de euros por ano", cita o referido jornal.

A nova tabela de preços da ADSE estabelece, sem qualquer explicação, que os doentes passam a suportar um quinto do valor das chamadas "próteses intra-operatórias", quando até à data este custo era integralmente suportado pelo subsistema. No entanto, a ADSE estabeleceu um limite de mil euros por prótese para o co-pagamento. A partir deste valor, é o subsistema que suporta os custos.

Esta é a principal alteração da nova tabela, que prevê ainda uma redução do valor pago pelas TAC e ressonâncias magnéticas, de 30 para 25,50 euros. De resto, os valores não mudam nem nas consultas, nem na maioria dos procedimentos médicos.

Ao mesmo tempo, acrescentou Carlos Baptista, foram alterados os preços de muitas cirurgias em ambulatório. Atualmente, estas cirurgias podem ir dos 1100 aos 4 mil euros, pagando os doentes 20% do valor final, enquanto, com a nova tabela, passam a pagar 25% mas de um valor fixo inferior, de 1250 euros.