8 de fevereiro de 2013 - 14h11
A conjunção da dieta mediterrânica com exercício físico compensa ou “anula” a predisposição genética para a obesidade, indica um estudo divulgado na revista científica Plos One.
A equipa de investigadores do Centro de Investigação Biomédica em Rede e Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição (Ciberobn), dirigida por Dolores Corella, analisou dois genes ligados à obesidade, o FTO e o MC4R, e trabalhou com uma amostra de 7.052 participantes.
O FTO é o principal gene associado à obesidade comum em todas as populações e um dos principais responsáveis pela acumulação de gordura, enquanto o MC4R é o segundo em importância nos estudos do genoma, informou o Ciberobn.
A investigação da equipa tinha como objetivo analisar se a dieta mediterrânica e o exercício físico eram capazes de combater a predisposição genética para a obesidade, estudando de maneira simultânea as variantes nos dois referidos genes, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
“Além de verificar os efeitos do gene FTO, que confere predisposição para a obesidade – maior índice de massa corporal, circunferência de cintura e prevalência de excesso de peso -, observamos que o gene MC4R tinha efeitos aditivos”, disse Dolores Corella.
Os investigadores comprovaram também que os efeitos genéticos não são iguais para todas as pessoas e que variam consoante a prática de exercício físico e a adoção da designada dieta mediterrânica, uma alimentação rica em fibras, diferentes vitaminas e gorduras saudáveis.
Para Dolores Corella, a conclusão é clara: “A prática de exercício físico e a alimentação são fundamentais para compensar a mutação dos genes FTO e MC4R, de modo a que as pessoas que a sofram não tenham de ser obesas”.
Lusa