O hospital da Régua, inserido no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), fechou hoje após a deteção da bactéria legionela na rede de água. Ali estavam internados 12 pacientes, 11 dos quais foram transferidos para o hospital de Chaves e uma para uma unidade de cuidados continuados do Douro Sul.
Os quatro doentes mais debilitados foram transferidos ao início da tarde de ambulância.
“A primeira coisa que é importante dizer é que foi feita uma vigilância neste hospital à qualidade da água que permitiu detetar em apenas dois pontos, dois sítios, que não estavam a ser utilizados a bactéria legionela, afirmou a subdiretora Graça Freitas, à porta do Hospital D. Luiz I de Peso da Régua.
A responsável acrescentou que “nos sítios onde existiam doentes, onde existiam profissionais e havia utilização e circulação da água, não foi encontrada a bactéria” e, portanto, frisou que se trata “apenas uma questão de contaminação ambiental que não envolve infeção nem dos trabalhadores nem dos doentes”.
“Os pontos de colheita do piso onde estavam os doentes e os profissionais foi zero, não há bactéria e não havendo bactéria não há possibilidade de as pessoas se terem infetado”, afirmou.
E, reforçou, “neste momento a probabilidade de haver alguém infetado é ínfima, para não dizer zero”.
Nesta unidade hospitalar estava apenas em funcionamento o serviço de internamento.
“Estamos a trabalhar todos juntos mas é uma situação perfeitamente controlada, em que houve uma contaminação do ambiente que foi detetada porque há um bom programa da vigilância da qualidade da água e em dois pisos onde não existiam nem doentes nem profissionais, a água estava estagnada e a bactéria teve condições para se desenvolver”, reforçou Graça Freitas.
A subdiretora realçou, no entanto, que “pelo princípio da precaução e saúde pública os doentes foram transferidos porque são pessoas mais vulneráveis”.
“Foi apenas por esse princípio da precaução. Não há doença em seres humanos, não há risco para a comunidade em geral e aqui no hospital foram tomadas as medidas de cloragem e de controlo que permitirão, dentro de poucos dias, verificar se a água está em condições ou não”, frisou.
Questionada sobre o tempo que o hospital vai ficar encerrado, a responsável salientou que existem “várias circunstâncias que terão que ser analisadas”.
“Não há nenhuma pressão de tempo, as coisas serão feitas com toda a calma que for necessária, serão avaliadas todas as condições quer da estrutura quer do processo”, afirmou.
O CHTMAD inclui os hospitais de Vila Real, Lamego, Chaves e Peso da Régua, unidade cujo encerramento esteve por diversas vezes em cima da mesa e que estava incluída na lista de hospitais que o Governo queria devolver às misericórdias.
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