“A variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana de 16 a 22 de agosto em todas as regiões, de acordo com os dados apurados até à data”, refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do vírus que provoca a covid-19.
Segundo o instituto, as várias variantes que já circularam no país – entre as quais a Beta, a Gama e a Alpha, que chegou a ser a predominante – apresentam uma prevalência de 0%, o que quer dizer que não foram detetados casos destas estirpes do vírus nas últimas semanas.
No que se refere à Delta, identificada inicialmente na Índia e considerada mais transmissível do que a Alpha, do total de sequências analisadas desta variante, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína `spike´, uma sublinhagem conhecida por Delta Plus que tem “mantido uma frequência relativa abaixo de 1%” nas últimas semanas.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, o INSA tem analisado uma média semanal de 559 sequências, obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 123 concelhos por semana.
Em junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo.
Segundo o INSA, esta estratégia permitiu uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os daão analisados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.
A covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.743 pessoas e foram contabilizados 1.037.927 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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